Saturday, November 19, 2011

Espiral


Podem fechar-se caminhos
Sumir ferramentas
Suspender os carinhos
Mas mesmo assim
vou espiralar

Vou espiral infinito
No macro e no micro
Formas de ramos
Colorido bonito
Vou espiralando

Pode o surfe do tempo
Levar tudo com o vento
Derrubar-me da onda
Quebrar minha prancha
Mas ainda sim..
Eu continuo o espiralar

Assim como a galáxia
E o corpo do caracol
Como planta trepadeira
Como a dança da morena
Quando dança em espiral

Ainda que se perca
Algumas imagens
algumas formas
Eu sei que eu continuo
Em espiral...

Sunday, October 16, 2011

ASSUNÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO GOVERNO BRASILEIRO


“Brasil esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros”, que o mundo inteiro quer sambar!

“Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu VALOR”!!!

O mundo tá de olho no Brasil; o jardim da América; o palco da próxima copa...

Ao mesmo tempo o mundo também olha pra Amazônia, mas estes olhares exploradores escondem muitos interesses utilitaristas e predadores...

O governo brasileiro e alguns mega empresários querem BRINCAR DE SER DEUS construindo a Usina de Belo Monte e matando o berço de nossa sabedoria ancestral: a natureza e a cultura dos povos do Xingu, o grande berço da biodiversidade e da sabedoria dos ÍNDIOS BRASILEIROS.

O nosso samba, a NOSSA ARTE, hoje em dia precisa ser de TRANSFORMAÇÃO, pois o Brasil é palco e jardim do mundo.

Precisamos transformar as formas de ver as coisas, de escolher, de VALORIZAR algumas coisas e desvalorizar outras...Tudo isso deve mudar pra todo mundo ver, no palco da vida, NO JARDIM DO MUNDO.

É preciso haver uma LEI DA VIDA que sirva como princípio para todas as outras leis; vida para as pessoas e para toda a biosfera.

É preciso ANULAR PERMANENTEMENTE as ações relativas à Construção de Belo Monte (nem a usina em si e nem OS CANTEIROS DE OBRAS).

A Amazônia é berço e santuário natural.

O governo deve parar de se ocupar com isso suspendendo de forma permanente essa ação , se voltando para assumir a reforma da EDUCAÇÃO como responsabilidade do ESTADO e com a participação democrática, é claro!

PELA ASSUNÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO GOVERNO BRASILEIRO e tomada de decisão de SUSPENSÃO PERMANENTE DE BELO MONTE e REFORMAS para MELHORIA DA EDUCAÇÃO na construção dos caminhos do futuro próximo e de longo prazo do país.






VIVA A BIODIVERSIDADE,
A CULTURA
E A ARTE
DO POVO BRASILEIRO!


Saturday, September 24, 2011

Sobre Mulheres e jardins; compartilhando leituras...

Do Livro:
Disponível em arquivo pdf aqui


"Às vezes, com o objetivo de aproximar uma mulher da natureza da vidamorte-
vida, eu lhe peço que cuide de um jardim. Seja ele psíquico, seja ele de lama,
estrume e verdura, bem como de todas as coisas que cercam, ajudam e atacam. Que
ele representa a psique selvagem. O jardim é um vínculo concreto com a vida e a
morte. Seria mesmo possível dizer que existe uma religião dos jardins, pois eles nos
ensinam profundas lições espirituais e psicológicas. Qualquer coisa que possa
acontecer a um jardim pode acontecer à alma e à psique — excesso de água, falta de
água, pragas, calor, tempestades, enchentes, invasões, milagres, ressecamento,
reverdecimento, bênçãos, cura.

Durante a existência do jardim, a mulher escreve um diário, registrando os
sinais de doação de vida e de retirada de vida. Cada registro ajuda a formar uma sopa
psíquica. No jardim, adquirimos prática para deixar que pensamentos, idéias,
preferências, desejos e até mesmo amores vivam e morram. Plantamos, arrancamos,
enterramos. Secamos sementes, fazemos a semeadura, protegemos as plantinhas.
O jardim é uma prática de meditação, a de dizer a hora de alguma coisa
morrer. No jardim, podemos ver chegar a hora de desfrutar e a hora da regressão. No
jardim, estamos nos movendo de acordo com a inspiração e a expiração da grande
natureza selvagem, não contra ela.

Através dessa meditação, reconhecemos que o ciclo da vida-morte-vida é
natural. Tanto o lado da mulher selvagem que dá a vida quanto aquele que distribui a
morte estão esperando um contato amigo, esperando ser amados para sempre. Nesse
processo, nós nos tornamos como a natureza selvagem cíclica. Temos a capacidade de
infundir energia e reforçar a vida, sem atrapalhar o que vai morrer".

(ESTÉS, 1994, p. 131)

Wednesday, August 31, 2011

Pátria Maria


Em tempos de transformação e ameaças à natureza remendamos retalhos da nossa ação artística traduzindo o gosto pela vida e o amor pela Mãe Terra.

Imagens: Patricia Martins e Mari Kuroyama
Edição: Patrícia Martins

Sunday, August 14, 2011

Compartilhando os saberes de Bill Mollison

"isto é uma filosofia do trabalho com e não contra a natureza; de uma observação prolongada e pensativa e não de uma prolongada e impensada ação; de olhar para os sistemas e pessoas em todas as suas funções e não perguntar apenas por seus rendimentos; e de permitir que os sistemas demonstrem sua própria evolução" (MOLLISON, 2004)


Saturday, July 09, 2011

São Paulo, a Multivisão, a Multi Ação, a Boa Nova






























Em São Paulo encontrei uma forte parte da teia da vida dos corações conectados; pessoas conscientes que estão trabalhando e praticando uma nova cultura; integrando o meio urbano aos ciclos da natureza, criando soluções simples para as simples questões do dia-a-dia urbano; transformando o “lixo” em recurso, e praticando uma cultura em que o conviver é de cooperação, saúde, alegria e amor. Estão direcionando a força e o ritmo frenético da cidade grande em ações de transformação cultural, difundindo as práticas da permacultura urbana, alimentação vegana, ativismo ambiental e um bocado de arte!

E lá vou eu na caminhada de semeador, não tenho terra, só há caminho, e por onde o caminho for eu preciso semear. É muito bom quando a vida abre espaço para um vôo, para um mergulho mais longínquo, para além de sonhos e belezas naturais, e nos leva à experiência de mudança e realização; estar presente e consciente no momento do agora, “transformar transformando” e “fazer fazendo”. Nessa caminhada combinei com a vida que farei e participarei de toda ação que envolva a permacultura na perspectiva da educação.

Nem sempre podemos pensar muito para buscar respostas. Nem sempre podemos aprender sobre algo novo apenas através da teoria; mais do que nunca precisamos buscar as respostas na prática. O ato de educar se faz vivo na ação da experiência educativa, o prisma da teoria necessita da complementaridade da prática e a caminhada de semeador e aprendiz me leva à prática da permacultura como a prática da vida, leva-me a difundir esse jeito de interação com a natureza nos espaços educacionais, criar “espaços de re-conexão” com o mundo natural, semear para aprender como podemos inserir os princípios desse saber nas escolas e em lugares educativos.

Pensar sobre as transformações nos espaços educacionais através da permacultura e da arte nos leva à busca da prática, e é nesse caminho que eu me sinto um ser semeador. O bom é que pelo caminho da vida eu não sou a única semeadora e nessa aventura de urbano-retirante nordestina à capital paulistana encontrei outros semeadores pelo caminho. A caminhada tornou-se coletiva, pois alguns semeadores decidiram se unir, além de caminho havia terra, havia sementes e muitos semeadores!

Fizemos uma intervenção de Permacultura e Arte na escola Boa Nova no bairro da Lapa, antes disso tivemos uma pequena reunião de planejamento para definir como iríamos fazer as atividades e como nós iríamos fazer para pegar quatro turmas (duas do 6º ano e duas do 7º ano) em um único dia, sendo nós um grupo de cinco pessoas. O assunto também foi tratado um dia antes no grupo de estudos de Permacultura na Ecohouse, três pessoas desse grupo também se voluntariaram para participar da vivência.

Levamos para a escola tintas, pincéis, esteiras, ferramentas para jardinagem, húmus de minhoca, alguns instrumentos musicais, na escola encontramos vários recursos: madeira, folhas secas, papelão, etc. A “ponte” para que cheguemos a essa escola foi a parceria da Jéssica (a responsável pelo projeto) e a Teresa, professora de artes da escola, que está abordando as questões ambientais e abre as suas aulas para novas vivências.

O encontro com os estudantes foi bastante simples, mas também muito rico; iniciamos com a roda, onde nos apresentamos, nos olhamos, falamos sobre os princípios da permacultura (dois dias antes da nossa vivência a Jéssica visitou todas as turmas e sugeriu que eles desenhassem sobre os princípios de cuidado com a terra, cuidado com as pessoas e partilha dos recursos), cantamos em reverência a terra e explicamos para os estudantes quais atividades tínhamos para o dia, dividimos o grupo em equipes: plantio, pintura, vídeo, coleta de materiais. Essa divisão dos grupos se deu mais por questões de organização, pois nós deixamos claro que as atividades eram rotativas, ou seja, quem estivesse na pintura também podia participar do plantio, do vídeo e da coleta de materiais; de forma que todos pudessem transitar livremente pelas atividades.

Foi uma tarde de muito agito e fluidez, a brincadeira se misturou com o aprender, as reflexões sobre as questões ambientais se manifestaram em arte nos muros, muitas descobertas e alegrias foram vivenciadas nesse processo de transformar o espaço, tudo isso envolvido na riqueza da cooperação; no trabalho comunitário livre e harmonioso. Foi muito bonito de ver a professora de artes, a diretora, a cozinheira, o professor de matemática e todos os estudantes integrados em momentos de pura espontaneidade e ação. Pintamos os muros com temáticas sobre a questão ambiental, construímos quatro canteiros permaculturais (com a técnica dos canteiros instantâneos) e plantamos várias mudas de hortaliças, ervas, flores e plantas ornamentais.

Cada um de nós arte-educadores-permacultores focalizamos uma atividade, a Mari ficou com a pintura, o Pedron ficou com o plantio, o Igor com a coleta de materiais, a Jéssica ficou no plantio e também como uma espécie de coordenadora geral, eu fiquei focalizando o grupo do vídeo (disponibilizamos uma câmera para que os estudantes documentassem a vivência), ajudando a Mari na pintura e também participando no plantio. Entre nós educadores as atividades também eram rotativas, desde que sempre houvesse um focalizador em cada atividade podíamos transitar livremente.

Essa forma de organização abriu espaço para a espontaneidade, nós partimos do princípio de que nós estávamos ali para interagir e aprender. Os adolescentes perguntavam: “quem são vocês?” e nós respondemos que “somos um grupo de amigos que estudamos e praticamos a permacultura e acreditamos na mudança cultural” e estávamos lá em busca de conhecer mais pessoas que contribuem com o meio ambiente e para aprender formas de inserir essas práticas no dia-a-dia das escolas.

Sem dúvidas, um trabalho de permacultura na escola exige atividades preparatórias, trabalhos que contextualizem e introduzam o tema, assim como as noções de planejamento e desing de assentamentos humanos sustentáveis, exige um trabalho atento e continuado. Porém, essa experiência de “intervenção” na escola, apesar da rapidez e da intensidade, se mostra como um método muito interessante, pois durante a vivência os estudantes descobrem muitas coisas por si mesmos, recordam os saberes de seus avós e familiares de plantio e cuidado com a terra, resgatam costumes “da roça” que são incomuns na vida urbana.

Esse tipo de vivência pode ser visto como o início de um trabalho de permacultura na escola, pois é muito coerente que a inserção da permacultura na escola se dê, em primeiro plano, de forma prática. Através desse primeiro contato, ainda que seja intenso e rápido, podemos sentir e perceber a disponibilidade e o interesse dos professores e profissionais da escola, sem os quais é quase impossível desenvolver um trabalho de modificação dos espaços ociosos, de transformação de alguns hábitos e costumes, de responsabilidade com as questões “domésticas” da escola, de cuidado com a terra e a ponto de refletir na própria forma de organização da escola como um todo. É preciso gerar autonomia, é preciso facilitar para que as pessoas se apropriem das novas práticas.

Nesse caso em especial, da escola Boa Nova, esse início de experiência foi o melhor possível, pois além da abertura da professora de artes, percebemos o interesse dos funcionários da limpeza, da jardinagem, assim como o professor de matemática, a professora de ciências e a diretora da escola. A partir dessa experiência pudemos identificar os olhos que brilharam com a nossa novidade e, assim, a viabilidade de inserir um programa de permacultura no dia-a-dia da escola.

Destaco aqui alguns questionamentos: Como inserir no cotidiano da escola atividades de cuidado e conexão com a terra? Como isso pode representar uma mudança dos hábitos e costumes?

E termino este relato agradecendo à equipe de semeadores que tornaram possível essa experiência: Mariana Kuroyama, Jéssica Celeste Torres, Pedro Machado e Igor Starika.

Gratidão!

Sunday, May 29, 2011

O Jardim Pedagógico – PETI – Fortaleza – CE




Eu era arte-educadora do PETI juntamente com uma equipe de mais sete arte-educadores, trabalhávamos com acompanhamento das atividades e capacitação em arte-educação com os educadores do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Durante os nossos encontros (com os educadores das 15 instituições que executam o PETI) eu comecei a jogar a idéia: “quem tiver vontade de trabalhar com jardins e hortas com as crianças, podemos começar a desenvolver um trabalho, estou disponível para acompanhar, blá, blá, blá... estou estudando a permacultura e blá, blá, blá....”. Até que um dia a Kelly, educadora do PETI do bairro José Walter me chamou para começarmos a trabalhar em um espaço que havia em frente a sala deles.

É fundamental que o educador se apaixone pela proposta, é preciso o brilho no olhar para investir forças na construção de um jardim no espaço educacional. Essa força tem que ser bem empregada, por isso devemos estar atentos para o real interesse dos educadores em desenvolver um trabalho assim, pois não faz sentido criar um jardim que não será cuidado e utilizado como espaço de aprendizagem. Mas, felizmente, sabemos que existem vários educadores atraídos por esse tipo de proposta.

A minha participação nesse trabalho foi, sobretudo, prática, pois eu não podia me dedicar com exclusividade já que no PETI trazia várias outras demandas. Então era chegar lá, encontrar a turma e mão na massa! Ou melhor, mão na terra! Durante os nossos mutirões nós íamos construindo juntos o conhecimento; as crianças traziam saberes de seus pais e de seus avós, várias surpresas aconteciam durante o processo e nós tínhamos que tomar decisões juntos. Compartilhamos dúvidas, algumas frustrações e, sem dúvidas, muita alegria e satisfação.

No jardim todo dia tem uma novidade: nasce uma flor, aparece uma lagarta, uma borboleta, etc. É também um espaço para vivenciarmos o CUIDADO, vemos o quanto de atenção precisamos dar para aquilo que cultivamos, vemos também como as plantas estabelecem conexões entre si e como criam o seu próprio sistema.

Certamente que, avaliando o processo, vejo que muitas outras ações precisavam ser feitas para que a metodologia fosse mais integral, ou seja, fizemos muitas práticas, mas foram poucos os momentos que tive com eles para um círculo de diálogos, para apreender os princípios da permacultura e para contextualizar esses saberes no mundo em que vivemos.

Não tivemos também muitos recursos para realizar esse trabalho, tudo que tínhamos era o que eu e as educadoras trazíamos de casa, adubo, mudas de plantas, sementes, tintas... Também houve momentos que a gente pegou o carrinho de mão e saímos pelas ruas do José Walter coletando alguns resíduos que poderíamos aproveitar: madeira, pedras, folhas, terra, pneus, etc.

Apesar do caráter quase que totalmente vivencial dessas atividades acredito que cada vez que nós educadores realizarmos uma experiência assim estaremos resignificando as nossas relações com o ensino-aprendizagem, com a natureza, com os estudantes e com o espaço de aprendizagem. Desse trabalho pude tirar algumas fases metodológicas e características que podem inspirar outras experiências e, sobretudo, iluminar nossas idéias para que possamos visualizar métodos para a inserção da permacultura nos espaços educacionais.

Segue abaixo alguns tópicos relativos à função da orientação pedagógica em permacultura:

- Sensibilização (através de músicas, vídeos e círculos de diálogo);

- Introdução à Permacultura (conceito e contexto – utilizar imagens, desenhos, tarjetas, grupos e metodologias de aprendizagem integrada);

- Observação e Planejamento (observar o espaço a ser modificado, a presença e as influências dos elementos naturais no local, conhecer o método de planejamento da permacultura e planejar através de desenhos artísticos dos estudantes: como cada um deles gostaria de modificar aquele local?);

- Elaboração do Diário de Campo (ao final de cada atividade que se relacione com o jardim ou com o estudo da permacultura, anotar e desenhar os relatos no diário de campo);

- Aproveitamento do espaço: partir do que já existe, valorizar o espaço e potencializar as suas funções;

- Acompanhamento e estudo com os educadores: a cada novo encontro entregar textos e materiais sobre a permacultura para os educadores e estabelecer um diálogo sobre o assunto;

- Planejamento pedagógico: juntamente com os educadores definir temáticas e criar atividades a serem trabalhadas para contextualizar as práticas do jardim pedagógico com os conteúdos da escola, do projeto e da atualidade global;

- Registro audiovisual interativo: os estudantes filmam todo o processo, há uma câmera disponível para que todos possam usar;

- Trabalho coletivo: ao iniciar o trabalho divide-se o grupo em equipes rotativas, assim todo mundo pode passar por todas as fases do processo, por exemplo: equipe que vai plantar as mudas, equipe que vai semear, equipe que vai preparar os jarros, equipe para coletar material, equipe da pintura, equipe da filmagem, etc. Assim todo mundo participa de forma interativa, durante todo o processo o educador tem inúmeras oportunidades de enfatizar a importância do trabalho em grupo e da harmonia na coletividade;

- O círculo sagrado: como em um ritual é fundamental iniciar e terminar os trabalhos no jardim em círculo e cantando músicas que reverenciam a natureza.

Veja que na maior parte do trabalho estão envolvidos educadores e educandos de forma igualitária; todos que participam desse processo estão na condição de aprendiz, pois a natureza é quem ensina para o grupo. A permacultura nos orienta a observar o mundo natural e potencializar as nossas ações a partir da integração com os ciclos da natureza, assim vamos “imitando” a floresta e aprendendo como interagir respeitando e cooperando com os ciclos naturais.

ANTES E DEPOIS:


Saturday, May 28, 2011

Manifesto “Identidade Terrena” para o aqui-agora deste momento

VAMOS MAPEAR OS NOSSOS CORAÇÕES!!!
 vamos mapear o posicionamento de quem diz:

NÃO À CONSTRUÇÃO DA USINA BELO MONTE,
 NÃO AO NOVO CÓDIGO FLORESTAL!!!!!!!!!!!! 

posicionem-se!!!!!!

marquem no GOOGLE EARH
onde está o seu coração e qual o seu 
posicionamento!!!!!!!!

O GOOGLE EARTH permite que façamos um 

MAPA democrático

para DEFENDER AS NOSSAS FLORESTAS!!!!!!


Friday, May 27, 2011

Manifesto “Identidade Terrena” para o aqui-agora deste momento

Quem são ELES?

Manifesto “Identidade Terrena” para o aqui-agora deste momento

ELES pensam que nós estamos de brincadeira?
Será que passa pelo pensamento dELES que o NOSSO ambientalismo é algum tipo de modismo?
Será que eles não percebem que uma rede de corações pulsantes pode impulsionar o mundo?


Que cada coração é uma ponte para um universo infinito e que onde pulsa um coração existe uma vida, uma existência, e cada vida é preciosa em si mesma. A vida de um ser, a vida de um povo, de um rio, de árvores e florestas... Será que ELES nunca experimentaram o sabor de lutar por amor? De revolucionar sem-violência? De se unir com as pessoas para mostrar o poder que existe quando muita gente tem um objetivo comum. Talvez eles não tenham idéia do que é o poder dos humanos aliados aos poderes da natureza...


Estamos todos preparados para esse momento e vamos mostrar que a energia do povo e do planeta é muito mais forte do que a energia de uma minoria instalada nos prédios do governo na capital do Brasil.
Por isso damos notícia da Mobilização que está acontecendo, tem muita gente se unindo e sentindo uma conexão muito forte, pois não iremos ser tão passivos ao ponto de não fazer nada a respeito da ameaça de destruição da natureza em pleno século XXI. Hoje sabemos de nossa responsabilidade, assumimos a nossa autonomia, estamos prontos para exercer verdadeiramente a democracia. AGORA essa palavra (democracia) vai fazer sentido de verdade.

Portanto, SEJA VOCÊ QUEM FOR, mobilize suas forças, nessa rede, na TEIA DA VIDA, pois estamos todos conectados nela. Somos seres humanos e agora, mais do que nunca, assumimos a nossa “IDENTIDADE TERRENA”. E estamos mobilizando tudo aquilo que possui força para impedir os prejuízos ao CÓDIGO FLORESTAL e aos POVOS DO XINGU.

NÃO AO NOVO CÓDIGO FLORESTAL. NÃO À CONSTRUÇÃO DA USINA DE BELO MONTE.

Esse é um CHAMADO, a todos os CORAÇÕES!!!!!! Que todas as RELIGIÕES direcionem as suas forças à proteção da NATUREZA que ainda resta em nosso planeta. Que todos os JURISTAS, que todos os PARTIDOS POLÍTICOS, que todos os CIENTISTAS, que todos os ACADÊMICOS, que todos os PACIFISTAS se PO-SI-CI-O-NEM! Posicionem-se!!!  SAIAM DA OMISSÃO! Que as ESCOLAS se mobilizem e ensinem aos ESTUDANTES a DEMOCRACIA.

ESSE É UM CHAMADO PELA UNIÃO DOS CORAÇÕES. PELA ASSUNÇÃO DA IDENTIDADE TERRENA.

NOS SOMOS TÃO HUMANOS QUANTO ELES, PORTANTO TAMBÉM TEMOS PODER

O PODER DO ESTADO NÃO É MAIS SOBERANO, É O PODER DO BEM DOS SERES HUMANOS

E O BEM DOS SERES HUMANOS É O BEM DA TERRA, DA NATUREZA, DA TOTALIDADE

Friday, January 14, 2011

Intervenção Urbana - ImAginário ColoriDo



A arte é instrumento do não-limite. Quando pensamos que somos nós os sujeitos na arte, ela aparece com vida própria e nos transforma. Mostra-nos que somos também objetos nessa interação: transformamos e somos transformados. Essa relação se mistura e se complementa através da vivência artística.

Saímos nas ruas, no dia 20.12.2010, procurando crianças. A intenção era fazer arte com criançada de rua; levar a ludicidade ao ambiente cinza das ruas do centro da cidade e, de alguma forma, marcar o imaginário dessas crianças com a arte.

No entanto, não foi tão fácil assim achar crianças no centro, sabemos que isso não é necessariamente um dado positivo, pois na verdade foi por “acaso” que não a encontramos, pois sabemos e vemos todos os dias várias crianças pedindo esmolas e vendendo bala nas ruas. Encontramos apenas um menino, o Leandro, que estava na calçada ajudando a mãe a vender siriguela, foi genial o nosso encontro! Ele ficou totalmente entregue e compenetrado na tarefa de pintar uma caixa. Aquele pedaço de calçada se transformou em ateliê de artes!

Apesar de não termos encontrado a criançada, encontramos algumas pessoas especiais. Começamos a escrever nos muros palavras e mensagens de amor e paz; algumas pessoas que passavam nas ruas também contribuíram. Assim, vivemos mais essa experiência de arte de rua, não em contato com muitas crianças como esperávamos, mas sem dúvidas, em contato com o universo infantil de algumas pessoas. Encontramos pessoas que emitiam paz e amor, que tinham uma mensagem a dar e, sobretudo, que tinham abertura de quebrar um instante da rotina e pintar um muro da cidade.

De toda forma, cumpre lembrar que nunca deixamos de ser crianças, essa é a primeira fase da vida para que fique para sempre dentro de nós.

Viva a arte!