Sobre mim


Patrícia Martins é artista de múltiplas linguagens, trabalha na área de Educação, com ênfase em artes, permacultura e educação ambiental, em projetos sociais e escolas públicas e privadas, é pesquisadora, doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2021), mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação Processos Socioeducativos e Práticas Escolares da Universidade Federal de São João del Rei - Minas Gerais (2017) e possui graduação em Licenciatura em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (2010).




Sou  cearense, nascida em 25 de agosto em 1983.

Desde criança tive inclinações artísticas; em especial na dança e no desenho, mas apenas no ano de 2005 passei a pensar a arte como um caminho. Foi quando viajei para Tucson, nos EUA; depois de abandonar a faculdade de direito pela metade, fui passar seis meses com minha tia Margarida Stone que já morava lá por mais de vinte anos. Descobri o fascínio da fotografia (porque ganhei uma câmera), do cinema (por meio da convivência com os meus primos cineastas, Angelo e Vicente Lopes) e da pintura (através das artes da minha tia Margarida Stone).

Ao voltar para Fortaleza quis trilhar o caminho do audiovisual, mas isso durou pouco, outras coisas foram acontecendo e criamos eu e minha prima Giovanna Campos a MARIPOSA – Espaço de Moda, era uma proposta de moda artesanal e alternativa. Foi uma experiência muito interessante, mas mesmo assim eu ainda sentia que faltava algo mais. Um certo dia, lá na Mariposa uma cliente me convidou para dar oficinas de arte-reciclagem para crianças em um projeto da prefeitura; fiquei encantada com a ideia e meses depois eu estava trabalhando no projeto Crescer com Arte no bairro do Caça e Pesca, em Fortaleza, fiquei neste trabalho por dois anos (2007-2009) e foi lá que, na prática com as crianças, eu me “formei” arte-educadora. Foi também durante esse período que eu conheci (na faculdade) a PERMACULTURA que, sem dúvidas, foi algo que mudou definitivamente o meu jeito de viver e minha visão de mundo.

  • Orientadora do programa “Agente Jovem” (2007) no bairro do Caça e Pesca em Fortaleza (Ceará)
  •  Arte-educadora do projeto “Crescer com Arte” (2007 - 2009) no bairro do Caça e Pesca em Fortaleza (Ceará)



  • Arte-educadora do projeto “Recriar o Mundo” (2007-2008) - Fortaleza (Ceará)

Em março de 2009 viajei para a Chapada Diamantina, onde passei sete meses conhecendo a intimidade da natureza daquele lugar e trabalhando com artesanato e pintura. Foi um ótimo momento de me conhecer, desenvolver minha arte, estar em contato com a natureza e fazer amigos, mas algo me chamava de volta para Fortaleza: o desejo de concluir a faculdade de Filosofia, e assim eu fiz; voltei e passei a pesquisar a temática da Ética Ambiental.

O ano de 2010 foi bastante inspirador para a minha visão de educadora, além de me dedicar à faculdade, fiz o curso PDC (Permaculture Desing Certificate) - com Suzana Maringoni e Jorge Timmermann - e o Curso avançado de Educação em Permacultura com Skye Riquelme. Participei da I Conferência Internacional sobre os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro com a presença do filósofo Edgar Morin. Em 2011 me formei em licenciatura em Filosofia na Universidade Estadual do Ceará (UECE) defendendo em minha monografia a temática: “O princípio responsabilidade de Hans Jonas: as bases éticas para a construção da cultura da sustentabilidade”.

Há ainda outra experiência profissional que foi de suma importância: o trabalho como arte-educadora do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) em 2010 e 2011, no qual estive inserida em uma equipe de oito arte-educadores e uma pedagoga, onde realizávamos o acompanhamento pedagógico de quinze instituições que executam o programa, elaborávamos os materiais didáticos mensais com sugestões de atividades e também fazíamos encontros mensais de capacitação em arte-educação com os educadores do PETI de Fortaleza. Essa experiência me tornou ainda mais apaixonada pela Educação, mais especialmente pela Arte-Educação e pela riqueza que é encontrar com vários educadores para trocar saberes.

  • Arte-educadora da equipe pedagógica do PETI (2010-2011) - Fortaleza (Ceará)


Em 2011 mudei para Minas Gerais, São João del Rei, vim atraída pelo mestrado em educação da UFSJ, mas não passei na seleção daquele ano, porém continuei na cidade, pois fui contratada como arte-educadora (professora de artes visuais) na Cia teatral ManiCômicos, em São João Del Rei, onde ministrei oficinas de Artes e Educação Ambiental para 13 turmas em 5 cidades da região: Lagoa Dourada, Resende Costa, São João Del Rei, Barroso e Tiradentes, durante todo o ano de 2012.

  • Professora de artes visuais (2011-2012) - Lagoa Dourada, Resende Costa, São João del-Rei, Barroso e Tiradentes (Minas Gerais)


 


Em 2013 trabalhei por conta própria em meu atelier-casa em Tiradentes, além de produzir minhas pinturas, também trabalhei com teatro de rua com o grupo Cata Riso e desenvolvi o projeto Hortas Ecológicas. No final do ano, consegui passar no Mestrado em Educação na Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) com o projeto de pesquisa intitulado: "Corporeidade, Educação Estética e Libertadora: Diálogos Possíveis a Partir do Estudo de Caso da Escola Projeto Âncora", que pode ser acessada aqui.

"Nesses dois anos que antecederam o mestrado permaneci na cidade e trabalhei como arte-educadora de artes visuais em escolas e projetos nos municípios de Lagoa Dourada, Resende Costa, Barroso, Tiradentes e São João del-Rei. Essas experiências foram de suma importância para que eu tivesse noção de como andava a educação pública nas escolas da região e pude ter ideia da dimensão dos desafios. Além disso, mais uma vez, foram as crianças e as oportunidades que tive de estar com elas, que me formaram como educadora.  

Em 2013 organizei em Tiradentes, Minas Gerais, uma palestra ministrada pelo professor José Pacheco, educador português que colabora com a Escola Projeto Âncora, em São Paulo, e participou da experiência da Escola da Ponte, em Portugal, uma instituição educacional pública que se transformou, de uma escola com estigma de que recebia crianças e jovens problemáticos, em uma escola democrática fundada na liberdade e na autonomia, com excelentes índices de aprendizado. Fruto de uma experiência que testemunha a quebra de diversos padrões educacionais opressores e já dura quase quarenta anos" (GONÇALVES, 2016, p. 22).

 

  • Atelier Arte pela Terra (2012-2014) - Tiradentes (Minas Gerais)







No ano de 2016, quando defendi minha dissertação de mestrado, participe e depois de cinco anos morando numa cidade pequena de Minas Gerais, comecei a me sentir atraída pelos movimentos das cidades grandes, pelas manifestações populares que vinham tomando as ruas e pelo desejo de encontrar pessoas que realmente estivessem envolvidas em transformações e lutas sociais. Terminei o mestrado e senti que meu tempo em Minas Gerais também chegava ao fim. Enviei currículos para diversas escolas, universidades e projetos que se diziam inovadores em algumas regiões do país, inclusive na minha cidade, Fortaleza.
Fui chamada para trabalhar em um projeto de Educação Infantil, no Rio de Janeiro, o Jardim do Joá, que conheci através do site do mapa de Inovação e Criatividade lançado no final de 2015 pelo Ministério da Educação[1] (MEC). O projeto era privado, ainda informal, fruto da iniciativa de algumas mães da classe média que queriam oferecer aos seus filhos uma escola cuja principal proposta era o contato com a natureza e a brincadeira livre.

  • Educadora de Arte e Permacultura no Jardim do Joá (2016-2018) - Rio de Janeiro (RJ)
 


 


Em 2017, quando eu já morava no Rio de Janeiro em decorrência desta oportunidade de trabalho, participei novamente da seleção no doutorado da UFRJ, com um projeto que propunha conhecer a temática “criança e natureza” através do materialismo-histórico dialético, e, felizmente, passei.

(Este texto está em construção, continuará em breve)
  • Educadora de Arte e Permacultura no Espaço Cria (2018-2022) - Rio de Janeiro (RJ)


  • Educadora de Interação Ambiental na Tic Tic Tac (2018-2019) - Rio de Janeiro (RJ)

  • Arte-Educadora na Escolinha de Arte do Brasil, membro do grupo de gestão, comunicação e estudos (2018-2020) - Rio de Janeiro (RJ)




















Referências

GONÇALVES, Patricia Martins. Corporeidade, Educação Estética e Libertadora: diálogos possíveis a partir do estudo de caso da Escola Projeto Âncora (Cotia-SP). Dissertação (mestrado), Programa de PósGraduação em Educação – Processos Socioeducativos e Práticas Escolares, da Universidade Federal de São João Del Rei, Minas Gerais, 2016. Departamento de Educaçao. Disponível em: <https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/mestradoeducacao/Dissertacao%20Patricia%20Martins%20Goncalves.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2020.


[1] Disponível em: <http://criatividade.mec.gov.br/mapa-da-inovacao>. Acesso em: 10 fev. 2019.