Nasci com muita sorte, pois nasci em uma família amorosa e divertida, mas não sem conflitos, estes, porém, ficam pequenos diante do amor e do apoio que há. Nasci com sorte por ter a mãe, o pai, a irmã que tenho e por ter crescido neste lar. Sem o qual eu não seria quem sou hoje. É inevitável que a fase adulta espelhe aspectos da infância, pois é ali que construímos a base emocional da nossa identidade.
Meu pai sempre se posicionou politicamente de forma muito clara e coerente, sempre esteve ao lado das lutas dos trabalhadores, daqueles que lutaram e conquistaram direitos sociais, trabalhistas, etc.
O meu pai, em seus gestos de ler, discutir, criticar me ensinou, sobretudo, a sentir os sentimentos dos outros e me posicionar politicamente a favor dos trabalhadores, aqueles que realmente agregam valor e riqueza a um país. Ele me ensinou a não me omitir.
Meu pai sempre soube que o Sérgio Moro era parcial e que a Lava Jato punia com mais severidade os crimes do PT do que os crimes dos outros partidos como PSDB, PMDB, etc. Meu pai sempre soube que a Globo era golpista e que o Lula foi condenado injustamente num processo sem provas, numa prisão coercitiva injustificável, tudo num esquema para burlar o processo eleitoral de 2018. Meu pai sempre soube.
Ele lê, lê, lê e também se manifesta, discute. Aprendi este tesouro do meu pai. Ele me ensinou também que carinho é presença, é cuidado, é brincadeira e isso tudo é verdade, segurança. Eu quero que todo mundo possa ter um pai amoroso como eu tive.
Meu pai e minha mãe me criaram para que eu fosse transformadora e para que eu tivesse coragem para mudar o que não está bom. Sabiam eles o lugar social que ocupam na sociedade brasileira, sempre tiveram consciência de pertencimento à classe trabalhadora. Portanto, sabem também que o Brasil é o melhor país do mundo em muitos aspectos, por isso lutar pela libertação, pela justiça, pelo amor, pela democracia é um dever que exercemos nos menores e nos maiores gestos. É a continuidade de uma história coletiva de lutas humanas pela liberdade. Lutas eternamente persistentes.
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