Eu já tinha visto estas palavras
Com outro corte, outra roupagem,
O mesmo discurso
Com outra maquiagem.
De início era jovem,
Parecia puro, inovador,
Uma ideia que acaba de nascer,
Não parecia que havia dor,
Como mundo prestes a morrer.
O capitalismo pós-moderno,
Batizado de neoliberalismo,
Veio serelepe com cara de amigo,
Usando os brincos do humanitarismo,
Às vezes parece tão novo,
Às vezes é só um sectarismo,
Mas traz sempre o mesmo aprendizado:
De olhar para o próprio umbigo.
O juiz julgou o povo,
Condenou ao retrocesso de novo,
Fazem hoje como de antes,
Para conservar sua classe dominante,
Escraviza o povo e apaga a libertação,
História escrita com sangue,
Com o mais puro vermelho coração.
Eu vejo por aí o discurso
Todo elegante e bonito
As correntes da dominação
O fosso do dinheiro e da acumulação
Mas o seu pé é firmado na maré
A correnteza que suga o sangue
Leva o povo para o ralo da ralé.
As commodities, o velho ouro e o Pau
Brasil,
A sociedade escravocrata, o poder
mercantil,
A guerra, a competição mercante;
Páginas históricas estruturantes,
Encoberta por vitrines e estantes,
Como interessante, genial,
Palavras novas para contar
Mais um triunfo do capital.
.
Querem acabar com a democracia,
Querem roubar nosso coração,
Apagar a História, espalhar melancolia.
O medo, a injustiça e a mentira não
passarão.
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