Fazer Educação através da arte é ver sentido estético no fazer educativo, é ver sentido na estética, de forma que esta seja entendida não como o visual ou o belo, mas sim, como o sensível, como a capacidade de sentir.
Há uma discussão acerca do uso do termo Educação através da Arte ou Arte-Educação. Eu não sei das implicações pedagógicas ou políticas acerca da escolha de cada termo. Nesse tema eu sou apenas um corpo mergulhado, criado e criador de experiências educativas na escola, na natureza e, sempre, na arte.
Todo gesto é expressão e toda expressão é linguagem, é comunicação. Por trás de tudo isso há sentimentos. Portanto, o mundo é sensível.
A corporeidade, enquanto significado da ação do corpo no mundo, quando consciente no processo educativo, torna-se ferramenta para construção de espaços acolhedores, emancipadores e ambientes emocionais saudáveis.
Gosto muito de uma expressão dita pelo meu amigo @paulobi que fazer Educação é trabalhar com "material humano delicado".
Portanto, indico como passo primeiro e fundamental para praticar uma Educação estética (sensível) é a leitura do livro Pedagogia da Autonomia, do Paulo Freire.
Eu estou relendo e sentindo toda a transformação que a leitura provoca, Paulo Freire chama atenção para nossa inconclusão, para nossa capacidade de nos sabermos inconclusos. É por isso que fazemos Educação.
Ele afirma o rigor científico, mas também a necessidade da humildade, porque nenhum conhecimento vale a pena, se levar à soberba ou à vaidade. O conhecimento e a ciência devem estar à serviço da humanidade e não do ego individual e do individualismo.
Educar deve ser uma ação delicada, para que não agrida a curiosidade do educando. A curiosidade e a criticidade devem estar sempre presentes, porque delas depende a construção de aprendizados e conhecimentos.
Somos uns com os outros, por isso, educar deve edificar e não reproduzir relações desiguais e autoritarismo. Por fim, Educar é um exercício de respeito máximo, de conscientização, de amor ao mundo.
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