Friday, March 22, 2013

Como a educação fragmentada pode lidar com as questões globais atuais?




“O pensamento fragmentado nos afasta da única coisa que existe que é a vida”

“Somos pessoas ou pedaços colados?”

 “Nós estamos passivos demais!”

 “A escola nos desprepara”





Educação com Viviane Mosé - Café Filosófico -- CPFLCultura



Neste vídeo, a filósofa Viviane Mosé reflete sobre a educação contemporânea chamando a atenção para o modelo escolar que fragmenta o conhecimento e a sociedade.

Inspirada pelo professor Rui Canário da Universidade de Lisboa a filósofa chama atenção para o abismo que existe entre o avanço tecnológico e a imaturidade política e social que a humanidade vive.

Discorre sobre a educação brasileira partindo da década de 50, quando o ensino era rico e aberto, porém, essas boas escolas eram elitistas e formavam líderes. Com a industrialização surgem as escolas de massa que fabricavam mão de obra em série para o mercado, caracterizada pela segmentação, fragmentação e pela falta de noção do todo. Portanto, até hoje, essa escola “fábrica” é uma escola seriada, dividida em séries. O conteúdo é chamado de disciplina e é segmentado ao máximo; característica da linha de montagem. Cada aula dura cinquenta minutos e a cada toque da fábrica, o sinal sonoro, muda-se a disciplina. É curioso como o currículo é chamado de grade e a avaliação é chamada de prova. Ou seja, a escola parece uma prisão e o aluno um condenado.

Esse vídeo nos proporciona uma visão clara de como essa educação fragmentada é o instrumento para a alienação. A primeira coisa terrível que esse modelo de educação faz é com o corpo; se aprende parado, como uma postura militar. Essa escola ensina a competir, como se isso fosse “se dar bem” e assim destrói os valores humanos e a nossa visão de mundo. Formando seres isolados sem capacidade de protagonismo social e político.

A filósofa cita Edgar Morin, Tião Rocha, Rui Canário, e os filmes A corrente do bem e Sociedade dos poetas mortos e finaliza com a seguinte frase:

“A escola não é problema da escola, ou nós criamos uma cidade educativa ou nós não teremos, nem cidade, nem sociedade e nem ser humano”.

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